De todos os componentes que fazem parte de um carro, certamente, uma das mais importantes é a suspensão. Afinal, é ela que garante uma viagem tranquila, fazendo com que o seu veículo possa ter um melhor desempenho, além de proporcionar segurança e conforto.
Mas, de que é feita a suspensão? Em termos gerais, de três componentes, apenas: braços, molas e amortecedores. Estes últimos, inclusive, são a parte da suspensão que liga o chassi às rodas do automóvel.
Esses componentes, basicamente, intermediam a transmissão de movimento oscilatório. Assim, consegue-se mais estabilidade e conforto, tanto para os passageiros, quanto para o motorista.
Ok, mas, afinal, com os amortecedores (uma das partes mais fundamentais da suspensão) funciona? A seguir, explicaremos como.
Amortecedor: atritos suavizados
Voltando à questão básica da suspensão, mais uma vez, salientamos que essa parte do carro tem como serventia dar estabilidade e conforto a quem estiver no veículo em movimento. É ela que suaviza movimentos mais bruscos e violentos, além de garantir que as rodas do carro estejam sempre em contato com o chão, o tempo todo.
Dentro desse sistema, as molas servem para algo importantíssimo: absorver os impactos causados pelas irregularidades das ruas, avenidas, estradas e afins. Imagine um carro passando por um buraco ou algo do tipo sem esse componente? Pois é.
Mas, e quanto aos amortecedores? Bem, estes tem outro papel que é imprescindível nesse sistema: dissipar a energia desse movimento. Com isso, as oscilações das molas são diminuídas, o que evita que o veículo oscile junto com elas.
Quais os tipos de amortecedores?
Existem apenas dois tipos de amortecedores: um é o Convencional e o outro é chamado de Pressurizado.
Qual a diferença?
O convencional é formado por um conjunto de dois componentes básicos: o pistão e as válvulas. Ambos ficam ligados a uma espécie de haste que se mexe dentro de um tubo com óleo especial. Essa parte resiste a altas temperaturas e pressões.
Por ter esse background de força e pressão que esse amortecedor é usado hoje em dia em caminhões, ônibus e veículos mais antigos. Contudo, continuam bem presentes no mercado de reposição de peças.
Já o amortecedor Pressurizado é, digamos assim, a “evolução natural” do Convencional. Enquanto que só funciona à base de óleo, o Pressurizado conta com um sistema que possui nitrogênio a uma pressão baixa, o que evita que o óleo acabe no ciclo de abertura da haste. Com isso, a vida útil do produto normalmente é maior.
Por que, afinal, o amortecedor é tão importante para um veículo?
Por mais que tentemos evitar instabilidades numa viagem, não dá pra confiar que 100% das ruas e avenidas estejam em pleno estado de conservação. Eventualmente, obstáculos no meio do caminho farão com que o carro perca a estabilidade de direção, causando, entre outras coisas, desconforto. Em casos mais graves, isso pode provocar acidentes.
E, é aí que entra o trabalho do amortecedor, que irá funcionar nesses casos como uma espécie de “isolante” de movimento. Isso acaba suavizando qualquer solavanco que as rodas possam estar transmitindo para o chassi, e deste para os passageiros.
Sem contar que, como já dissemos anteriormente, os amortecedores mantêm as rodas em contato permanente com o solo.
Como saber quando o amortecedor está com problemas e quando trocá-lo?
Para saber se há ou não algum problema com o seu amortecedor, alguns pontos são fundamentais. Um deles é sentir o “balanço” do carro. Ou seja, se as oscilações que o veículo der estiverem muito fortes, o amortecedor pode precisar ser trocado.
Também pode ser verificado se o óleo dessa peça está vazando. Se estiver, o amortecedor acaba perdendo a sua principal função: dissipar energia. E, é importante lembrar que até mesmo os pequenos vazamentos devem ser tratados com seriedade.
Outros problemas que o veículo der também pode indicar que o amortecedor pode estar nas últimas. Um bom exemplo disso é se o carro demorar muito para parar assim que o freio é acionado. Outra questão, nesse sentido, é se o deslocamento do automóvel em curvas, acelerações e freios é maior do que antes. Isso pode significar que o amortecedor está desgastado.
Tirando essas questões, o que se recomenda é que o amortecedor deve ser trocado a cada 40 mil quilômetros rodados. Ou seja, por tempo de uso mesmo. Claro, esse tempo de vida pode ser maior ou menor a depender da condução do carro pelo motorista, mas, em geral, esse é o padrão.
Importante também, de tempos em tempos, fazer uma manutenção preventiva para identificar qualquer defeito que o amortecedor possa ter.